domingo, 2 de agosto de 2009

Fim do silêncio

"E a história dama de queixas fáceis que dite a outros qual seja o fluxo da insensatez."
Sim, minha insensatez.

Se o oposto naum suportou minha insensatez, o insensato me busca.
Meu coração gélido ficou no vazio, mascarada de femme fatale suportei o salto-agulha para naum parecer uma mendiga, farrapos de sentimento do que era uma mulher. Me cerquei de curiosos novamente e assumi algo que naum pode me sustentar, ser artista. Naum conversei sobre ser artista com a minha família, mas está começando a ficar evidente.
As aulas vão começar em poucas horas e eu naum quero voltar pra aquelas salas, eram chatas, agora são a minha fobia. Ver aquelas pessoas falando de celulares e códigos incompreensiveis. A única coisa que me agrada ainda é o gramado verde, as árvores e as formigas cabeçudas.

Eu sempre me lembro da frase do livro "é fácil se apaixonar por uma pessoa como você, mas é difícil de conviver". O Menino Andino, como as outras pessoas curiosas, se sentiu atraído, e a minha cintura permitiu que ele a tocasse, percebi que naum podia mais negar isso ao meu corpo. Eu o convidei para me acompanhar numa festa. Levei ele nos beijos por meses. Ele está longe de ser um príncipe encantado, por isso inventei coisas para me afastar dele, mas ele estava apaixonado e eu carente. Agora estou namorando ele, os amigos nos chamam de "a madame e o jardineiro".
Essa é a minha insensatez, naum vivo de sentimentos ou racionalidade, e sim de sensações, forma de viver bizarra.
Voltei a comer, e parei de andar pra pensar. Engordei, mas me sinto melhor.
Nunca fui ciumenta mas as vezes penso que ele só está comigo pq me acha bonita, que pode ter outras garotas bonitas por aí, ele sempre diz "você é linda".
"Você ainda ama ele?"
"Acho que naum mais"
Ele sente falta de ouvir "eu te amo", ontem vi ele chorar, tão discreto deitado ao meu lado na penumbra, doeu ver isso, culpa da minha insensatez. Abracei, ele disse "não me deixe, por favor".